Segunda, 22 de janeiro de 2024 ( Atualizada em 22/01/2024 às 09:02)



por (*) Luiz Alves Lopes  

Virada de ano, período de férias, recesso futebolístico; torcedores e mídia raivosa ficam a ver navios, ávidos para verem a bola rolar novamente, com os primeiros loucos para extravasarem seus sentimentos e paixão pelo clube que abrigam em seus corações. Independentemente do que pensava ou mesmo possa pensar Fernando Diniz, para os torcedores do Tricolor das Laranjeiras, a m..., de autoria do despreparado e desqualificado presidente da CBF, não poderia deixar de ser ou de se transformar na melhor notícia para quem tem no Campeão das Américas e Vice Campeão do Mundo o clube de sua predileção. Confederação Brasileira de Futebol – dona CBF, que coisa feia. Que exemplo para o mundo do futebol. Ética, dignidade, respeito, razoabilidade, conduta humanitária, são procedimentos e ações que não figuram no dicionário de seus dirigentes e subordinados. Têm dificuldades em olhar nos olhos das pessoas. Uma pena. O pior de tudo é que temos que bater palmas para o STF ao reconduzir o tal de Ednaldo Rodrigues para a direção da entidade mater do futebol brasileiro. Foi eleito para um determinado período e tal procedimento deve ser respeitado. A isto chamamos Estado Democrático de Direito. Votar errado no Brasil é praticamente uma rotina. E quando novas eleições ocorrerem na Confederação Brasileira de Futebol, novos atores voltarão à cena, mantendo-se velhos hábitos, politicagem, interesses escusos, apadrinhamentos e tudo mais tido e havido como repugnante. Se para se apresentar como candidato uma pessoa precisa estar rotulada por 8 federações estaduais, constata-se que o processo é eivado de armadilhas, de subterfúgios e maracutaias que estão arraigadas no ventre do futebol brasileiro. Uma praga difícil de ser estirpada. Para os da melhor idade e de boa memória, não custa lembrar, relembrar e de se orgulharem da nobre e exuberante lição da lavra de Murici Ramalho – um discípulo de Telê Santana, quando um desqualificado dirigente da mesma CBF tentou utilizá-lo em busca do estrelato. Deu-se mal, eis que tinha pela frente um profissional altamente qualificado, inclusive no quesito caráter. No tocante ao mercado da bola, temos de tudo e um pouco mais, não faltando desequilíbrio emocional, falta de responsabilidade e destempero de alguns dirigentes, contratando a torto e a direito sem pensar em consequências futuras. Sem falar em tentativas frustradas. La para as bandas das Arábias começaram a surgir os primeiros arrependimentos por parte de atletas renomados e que se equivocaram quando concluíram que dinheiro é sinônimo de felicidade. Por lá a vida não é bela, viu Bolivar? Como o período é de férias e vale tudo, vem aquela senhora da emissora poderosa, certamente desconhecendo “quantos gomos tem uma bola” e do que ela é feita, tecendo considerações revoltantes em relação ao novo técnico da seleção brasileira, dizendo com arrogância incomum ser ele “coisa muito pior do que os 7x1”. Deplorável. Será que será mantida na função? Pobre Maestro Júnior em ter que conviver com uma víbora... Pensar no que poderá ocorrer com o garotão ENDRICK no ataque do Real Madrid, ao lado de seus compatriotas Vinicius Júnior e Rodrigo, sob o comando do discreto e competentíssimo Carlo Ancelloti? Provavelmente dará coisa boa. É aguardar para ver. 0s estaduais já começaram e por aqui o Democrata Pantera faz sua estreia no meio da semana sob expectativa de seu exigente torcedor; no geral, fofocas, intrigas, futricas e falcatruas se fazem presentes no mundo esportivo do futebol brasileiro, desafio intransponível para os futuros gestores da Confederação Brasileira de Futebol. 0 tempo dirá. Masoquistas que somos, resta-nos torcer e sonhar para o surgimento de novas e sadias lideranças em nosso futebol, vindas a reboque das SAF’s ou mesmo inspiração de outras partes do planeta, fazendo retornar a alegria e o encanto ao nosso esporte rei. É querer demais?

(*) Ex-atleta

N.B.1 – Ao ver a bola rolar no mais charmoso campeonato estadual que é o carioca, lembramonos dos ausentes AMÈRICA (que já foi grande), Bonsucesso, São Cristóvão, Olaria e Canto do Rio. Bons tempos.

N.B.2 - Não menos verdade que nas Minas Gerais as lembranças, dentre muitas, recaem sobre o Valério de Itabira, o Renascença, o Siderúrgica, o Araxá, o Asa, o Meridional, o Metalusina, o Curvelo e o Nacional. 0 tempo passa.