Domingo, 17 de setembro de 2023

Caríssimo ledor(a), muito se fala e pouco se tem entendimento na questão sobre a teoria da prosperidade, ao falarmos sobre teoria da prosperidade logo fazemos uma ligação de tudo o que é material comparado e introduzido na esfera do espiritual, analisa-se prosperidade como remuneração e a sua conquista adquirindo como uma forma de barganha, isso mesmo, palavra pesada mas não teríamos como colocar outra que não fosse barganha, uma troca de valores ou atos onde aquele que oferece terá em tese um lucro proporcional a duas vezes a sua oferta inicial. Diversos líderes religiosos têm uma interpretação equivocada na hora de ensinar doutrina (prosélito) aos fiéis e liderados, pelo fato de transmudar aquilo que é, por aquilo que quer, realizam seus ensinamentos visando benefícios próprios, crendo que os fins justificam os meios. Pois bem, de onde poderíamos destacar o surgimento desse entendimento teológico doutrinário do que realmente é ou o que deveria ser essa tal teoria da prosperidade? Fazendo um breve passeio sobre algumas designações de doutrina ou religiões, como conhecemos, dentro da doutrina protestante neopentecostal, teoria da prosperidade ou teologia da prosperidade é a mensagem divina que abençoa materialmente as pessoas que doam seus bens materiais visando ajudar as obras religiosas, essa recompensa seria duas vezes maior do que aquilo que lhes foi ofertado. Dentro da doutrina judaica, teoria da prosperidade faz parte diretamente da história de perseguições e fé desse povo monoteísta e teocêntrico, nele carregam três pilares sobre a prosperidade na visão judaica, a primeira é a teoria da econômica judaica, o homem é criado a imagem e semelhança de Deus, o ensinamento judaico, a ‘Midrash’, diz que tudo que foi criado por Deus requer trabalho para mantê-lo, o segundo pilar é respeito e proteção à propriedade privada e o terceiro pilar é a acumulação de riquezas como virtude, trabalhar e desfrutar de seus bens conquistados de forma honesta e pelo seu trabalho. No candomblé, Oxum, orixá da fertilidade, simboliza amor, união e casamento, seu elemento é a água doce, símbolo universal da riqueza e prosperidade, ao falar em prosperidade dentro do candomblé não podemos deixar de citar a oração que é realizada para Oxum e nela pede-se amor, união familiar, proteção contra maldições e amaldiçoados, a prosperidade em sua plenitude de vida em comum a paz e harmonia, materialmente e espiritualmente. No espiritismo, por diversas vezes a prosperidade espiritual é citada e destacada antes mesmo do material,

pois a materialidade dentro da doutrina é uma passagem e a espiritualidade é uma realidade eterna, na revista Espírita de 1863, Kardec diz uma frase importante para seus doutrinados, “ …quando a Sociedade humana não tem outro objetivo de atividade senão a prosperidade material e o prazer dos sentidos, ela mergulha no materialismo egoísta;”. No catolicismo, prosperidade é uma vida de equilíbrio, onde as ferramentas nada mais são que amor e caridade, onde a caridade é destacada e indicada para poder chegar ao amor, uma religião crista e monoteísta que ensina essa prosperidade para alcançar todas as outras esferas existentes dentro do ser e até mesmo na  sociedade onde se vive. Então, poderíamos dissertar por várias páginas e dias sobre o que realmente é ou poderia ser uma prosperidade individual ou coletiva, mas pegando um meio termo em meio interpretações diversas apresentadas anteriormente nesse artigo, é levado a pelo menos um consenso que é: prosperidade não está no dinheiro que você ganha ou nos bens que você possui, ela é um modo de vida onde a pessoa que faz e divide nunca será a mesma. Devemos nos ater que prosperidade está em tudo e se relaciona com todos ao redor, é o modo que você trata as pessoas, é a vida que você leva. Prosperidade é principalmente o resultado das coisas que são financiadas por suas crenças e valores, quando o termo foi utilizado pela primeira vez não podemos de forma alguma datar, no entanto, acredita-se que seja realizado uma adaptação para conseguir alcançar coisas ou pessoas de um modo onde se elencarmos o termo, os fins justificam os meios, seria de péssimo mérito engajado. As instituições religiosas precisam se manter de forma financeira e material, isso está mais que evidenciado, mas não podemos nos ater que apenas o material seja a moeda de troca para uma vida feliz e prospera. Quando ouvimos que temos que doar ou ofertar 50 para ganhar 100, estamos conscientes ou inconscientemente aceitando uma barganha ou até mesmo pior, querendo pagar por um mau que realizamos para alguém ou alguma coisa, sejamos sinceros, se as pessoas mostrassem a real importância do ser humano, não precisariam pedir, pois elas fariam questão em contribuir ou até mesmo construir um lugar melhor para elas e as outras pessoas. Portanto, sejamos claros quanto as nossas intenções e verdadeiros quanto nossas ações, mais que ser, prosperidade é estar, é fazer, é dar é doar, ser prósperos, não quer dizer reclamar e nada realizar, pois quem muito fala, pouco faz e aqueles que curtem criticar, normalmente repudiam ser criticados, seja, oferta, dizimo ou sentimento, a prosperidade está para você da mesma forma que você está para com seu irmão, o resultado incomum será aquela paz de espirito que apenas as pessoas verdadeiras desfrutam, sejamos prósperos e verdadeiros. Paz&Bem.

 


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