OPINIÃO
Autoperdão
Sábado, 02 de julho de 2022
Caríssimo ledor(a), grande satisfação em ter você por aqui, a verdade pura e simples é que estamos sujeitos a cometer erros. Apesar de todos querermos evitar aquela sensação terrível de que cometemos deslizes, somos apenas seres humanos e todo ser humano comete deslizes. Quando erramos, a culpa pode se alojar em nossas almas como uma grande pedra.
Pesquisas mostram que a culpa pode nos causar a sensação física de estarmos carregando um peso. Mas isso não significa que merecemos ficar afogados em nossos próprios pensamentos negativos; existem formas em que podemos aliviar o fardo de culpa que nós mesmos decidimos carregar.
Quando os sentimentos de culpa começarem a lhe consumir, experimente uma dessas dicas para levantar o astral. Afinal de contas, erros acontecem, a maneira em que reagimos a eles é de fato o que importa. Pesquisas mostram que rir libera endorfinas e nos deixa eufóricos, sendo o antídoto perfeito ao peso da culpa.
Usar o senso de humor também pode ser uma forma de curar o ódio de si mesmo causado pela culpa, explica o psicólogo clínico Seth C. Kadish. "Conseguir rir de si mesmo é uma ótima forma de se curar”, ele disse em uma matéria que escreveu para o Huff Post blog. "Ao invés de se chamar de ‘idiota estabanado’ quando você tropeça ou comete um erro, tente dar risada. O nosso ego detesta sentir-se envergonhado, mas quando conseguimos aceitar os nossos erros e defeitos sem autorrecriminação subimos mais um degrau na escada da humildade.
Mestre, professor e escritor, Leonardo Vieira, especialista na teoria de esquemas, costuma dizer em suas ministrações acadêmicas que necessitamos aprender a lidar com as situações mais diversas de nossa vida. Saber perdoar-se e entender ao próximo é um sentimento muito bom”. Se os pensamentos negativos e cheios de culpa estão pesando na sua mente, tente jogá-los no lixo. Um estudo de 2013 revelou que anotar o que nos aflige em um papel e fisicamente jogá-lo fora, pode limpar a nossa mente e mudar positivamente o que sentimos em relação a nós mesmos. Adeus, culpa.
Não há nada melhor que um bom desabafo e as pesquisas comprovam isso. Estudos no campo da psicologia mostram que expressar os nossos pensamentos produz um efeito terapêutico no cérebro. Quando você conversa com um amigo, um parente ou um terapeuta, verbalizar a sua culpa pode amenizar a dor e como resultado disso, você sentirá que um peso foi tirado de seus ombros.
Precisamos identificar a racionalização e sentimentalismo do perdoar e aceitar o perdão, principalmente consigo. A meditação de compaixão, uma forma de meditação cada vez mais popular, pode ajudá-lo a bloquear a inquietação e preocupação mental, permitindo que você trate a si mesmo com o cuidado que você merece.
Além disso, pesquisas mostram que a prática da compaixão pode gerar sentimentos de conexão social, que em troca, pode melhorar a resiliência. Uma das coisas que leva ao acúmulo do sentimento de culpa é deixar para depois até as menores tarefas ou obrigações: aquela ligação para a família, aquele projeto do trabalho, a pilha de roupa suja que só aumenta. É esse hábito da procrastinação que nutre a nossa culpa, o simples fato de fazer algo é suficiente para fazê-la desaparecer.
Todos temos as nossas “armas secretas” que usamos para aliviar o estresse em situações de tensão ou ansiedade, sejam imagens que nos relaxam ou fazem sorrir, músicas que nos tocam, citações ou poemas que nos dão uma sensação de harmonia ou exercícios de meditação que nos ajudam a sentir paz e tranquilidade, creia que esse é o oportuno momento de praticar a religiosidade, ela ajudará em sua busca pela paz de espírito.
Segundo a Revista Cientifica GGM, o perdão tem como definição uma decisão deliberada de livrar o ressentimento ou alguma angústia contra uma pessoa ou por um grupo que a tenha prejudicado. Perdoar não significa necessariamente esquecer os problemas. Perdoar-se não significa simplesmente aprender a viver com o passado, mas sim aprender com a experiência. Use esse aprendizado para tornar-se uma pessoa melhor. Desenvolva uma nova mentalidade, aprendendo com os erros do passado.
Uma forma de seguir em frente é usando a lição aprendida para tornar-se uma pessoa melhor. Procure um tratamento psicológico para poder se entender melhor e estar mais satisfeito(a) com você mesmo(a). Entenda de uma vez, todos cometem erros, para entender melhor o que faz você não se perdoar, possivelmente deve estar relacionado a culpa sobre as consequências das vivencias passadas ou também um possível sentimento de perda. Vale a pena trabalhar em psicoterapia.
Se conseguir olhar para o ocorrido de outro ângulo, identificando a lição a ser aprendida, desejar que o outro seja feliz e siga seu caminho em paz, sentir seu coração leve, tendo a sensação de que tudo ficou distante, são fortes indícios de que você perdoou. Perdão nuca será sinônimo de esquecimento, isso chama-se Alzheimer, perdoar é não sofrer quando lembrar. Sempre que alguém faz algo que você não gosta ou te prejudicar, você tem algumas alternativas e a melhor delas é perdoar, claro.
O ato de perdoar é importante, pois nos liberta de sentimentos como o rancor, a raiva e a vingança, o ódio. Quando sentimentos negativos como esses dominam um ser humano, o pior dele se manifesta, desencadeando danos físicos e psíquicos a si. A diferença entre perdoar e desculpar? Desculpar é calcar a mágoa para dentro de uma mochila que, com o tempo, dificulta o caminhar. Perdoar é desenterrar essas mágoas, libertar o outro num abraço e seguir em frente.
O auto perdão é o desafio de aprender a conhecer, aceitar e amar a nós mesmos, independentemente do nosso passado. O auto perdão nasce da compreensão do que somos. É fundamental conhecer nossa identidade verdadeira, a qual vai se revelando pouco a pouco. Raramente isso acontece de uma vez. Portanto, aproveite cada momento de sua vida e perdoe mais, principalmente a si, você merece e deve ser feliz. Paz&Bem.
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