Quarta, 16 de abril de 2025

Pelo segundo consecutivo, a UNIVALE recebeu o Simpósio sobre Transtorno do Espectro do Autismo de Governador Valadares (TEA-GV). Durante dois dias (sábado e domingo, dias 12 e 13), o 2º Simpósio TEA-GV reuniu profissionais da área da Saúde e familiares de autistas, em uma imersão sobre as diversas temáticas do autismo.
“O evento traz essa abordagem não só sobre autismo, mas sobre temas como TDAH, mutismo seletivo e sexualidade. É um evento para a família conhecer tudo que anda junto do autismo, as causas e comorbidades”, salientou a médica e idealizadora do TEA-GV, Rinara Grossi.
O auditório da UNIVALE, com capacidade para 700 pessoas, ficou lotado. Todos os participantes do 2º Simpósio TEA-GV vieram interessados em compreender o Transtorno do Espectro Autista. Um dos palestrantes foi o médico pediatra Thiago Castro, autor de livros sobre autismo e que já havia palestrado na 1ª edição do Simpósio.
“Uma das temáticas é justamente sobre as causas do autismo. Existe um fator genético, mas também existem fatores ambientais, que são associações ao diagnóstico. Por exemplo, p
arto cesárea, uso de medicação na gravidez, algumas sorologias, a idade paterna aumentada, entre outros”, pontuou Thiago Castro.
Waleska Siqueira tem esposo e dois filhos autistas, e participou do Simpósio em busca de conhecimentos para compreender como se comportar nas relações familiares. “Dentro do TEA, as coisas evoluem muito rapidamente. Os tratamentos evoluem muito rapidamente, as medicações também. É muito interessante para mim, como mãe e como participante do Projeto Libélula [uma rede de apoio a mães atípicas], vir aqui e buscar informações. É importante saber as novidades, para ajudar meus filhos e minha família, e também para repassar essas informações para outras famílias, que não puderam ter o acesso aqui”, afirmou Waleska.
Advogada e pedagoga, Uiara Aguiar atua com educação na zona rural de Valadares. Para ela, discutir o tema é importante para transformar a realidade das crianças do campo. “Tem só dois anos que estou na Pedagogia, e já apareceram muitas crianças com o TEA. Trabalho no campo, com poucos alunos. São turmas pequenas, mas com incidência muito grande, e no campo é tudo mais difícil. Porque a informação não chega como nos grandes centros, é diferente. Penso que é um ‘trabalho de formiguinha’, para influenciar pais, familiares e a escola”, disse Uiara.
