CIDADE
Valadares tem Diplomata Civil Humanitária de atuação internacional
Servidora municipal concluiu todo o processo que lhe confere o título e aguarda chancelamento
Segunda, 08 de maio de 2023
Cidade polo do leste de Minas Gerais em várias áreas, Governador Valadares é também conhecida pela habilidade de sua população em acolher bem e servir a causas voluntárias. E agora essa vocação ganhou um importante destaque com a servidora pública municipal Maria da Penha Filipe da Fonseca. Capelã do Hospital Municipal, ela concluiu este ano todo o processo criterioso que lhe confere o título de Diplomata Civil Humanitária pela Universidade de Jethro, em Boston, nos Estados Unidos, após a realização de cursos de formação, investigação e análise de currículo e documentos que durou cinco anos. Agora ela aguarda a oportunidade de receber oficialmente por uma autoridade internacional a chancela do título.
O prefeito André Merlo a recebeu em seu gabinete, acompanhado do vereador Paulinho Costa, por reconhecer a distinção da missão voluntária que Maria da Penha da Fonseca sempre exerceu no município, coroada então com o título de Diplomata Civil Humanitária. “Recebemos com muito orgulho a notícia dessa grande conquista. Para nós é uma alegria contar com uma profissional que é referência em trabalho humanitário e proporciona tanto acolhimento e bem-estar para os nossos munícipes e agora para pessoas do mundo todo“, afirmou o prefeito André Merlo. Há três meses de pleitear sua aposentadoria, ela avalia que o chancelamento é uma oportunidade importante que, “abre as portas do mundo a uma cidadã valadarense, possibilitando a atuação em novos projetos de transformação social”.
A chancela assegura a Maria da Penha entrada livre em 320 países para o exercício de trabalhos voluntários que ela ainda pretende abraçar. “Gosto de ajudar as pessoas, sinto prazer em ajudar, e ser diplomata humanitária é dar a vida pelo próximo, e eu estou pronta para isso”, afirma ao avaliar a responsabilidade que o título lhe confere a partir de agora, incluindo o direito de participar de reuniões da ONU.
História alicerçada
Com um vasto currículo de quase duas décadas dedicadas ao voluntariado, Maria da Penha Fonseca já integrou o Conselho Municipal da Criança e do Adolescente (CMDCA), atuou na Somirehu (instituição para crianças e adolescentes em situação de risco), e é membro ativa da Cruz Vermelha de Valadares e do Conselho Municipal de Políticas Públicas Sobre Drogas (Comad). Além de capelã no Hospital Municipal, atualmente também é capelã na cadeia pública de Valadares.
Entenda melhor sobre a Jethro e a chancelaria
A JetThro é uma Chancela de Diplomacia Civil e Humanitária – Chaplaincy, cuja atuação está legitimada por legislação internacional que habilita ação na sociedade de todos os continentes no sentido de atender e intermediar conflito, bem como fazer proposições frente aos interesses dos cidadãos na relação com o Estado, Governo, Forças de Segurança e entidades privadas.
Portanto, com o credencimento e as chancelas da Jethro Internacional, o Diplomata Civil Humanitário – Chaplain pode atuar em diversas áreas: judiciária, empresarial, escolar, esportiva, ambientes de tragédias, presídios, hospitar, veterinária, artísitca e cultural dentre outras. Um Diplomata Civil Humanitário – Chaplain tem legitimidade internacional como autoridade legal instituída, o que lhe confere acesso e fluidez para desenvolver os seus próprios projetos.
Estão vinculados à Jethro Diplomatas Civis de diversos segmentos: empresários, advogados, juízes, médicos, enfermeiros, liderança religiosa, delegados de polícia, políticos, bombeiros, socorristas, professores, psicólogos, e muitos outros profissionais.
A Jethro internacional está estabelecida por intermédio dos seus Diplomatas Civis em mais de cento e cinquenta países, e se relaciona com diferentes regimes governamentais e seus representantes legais. De característica laica e apartidária o papel dos Diplomatas Civis é relacionar-se com as autoridades estabelecidas para intermediar o diálogo entre os interesses da sociedade e órgãos governamentais e de segurança pública a fim de garantir o atendimento biopsicossocial.
Os requisitos para ser um Diplomata Civil Humanitário incluem ter acima de 18 anos com objetivos de transformação na sociedade em uma das diversas vertentes.
Como tudo começou
Com a maior parte da família vivendo nos Estados Unidos, um primo foi quem apresentou o programa da Jethro University a Maria da Penha. Além do vasto currículo em atividades voluntárias, o inglês como uma segunda língua era fator determinante. “Sempre gostei de estudar inglês e praticar com os familiares que vivem fora do Brasil há anos”, conta Maria da Penha que é formada em Serviço Social e bacharel em Teologia pelo Seminário Teológico do Vale (STEV) da igreja Batista do Calvário.
Feita a inscrição para o programa, era preciso reunir documentação, preparar uma biografia e submeter ao processo rigoroso de avaliação e validação. Um primeiro telefonema da Jethro de Portugal e um segundo da Jethro de Bruxelas cristalizaram o que era um sonho. “Fui aprovada e agora aguardo apenas a condição de ser chancelada por uma autoridade”, e para isso ela faz planos para que o chancelamento aconteça no exterior para que em sequência possa dar início à sua experiência voluntária internacional.